Legionaria de armas e rosas I

Uma bela noite escondida nos olhos dessa criança,
Um doce beijo e a lua raiaria pela segunda vez.
Um rio de pranto irrigaria a esperança,
E nessa terra, onde loucos semeariam a lucidez.

Palavras de amor petrificadas,
E pessoas que recordam amar.
Apaixonantes histórias desmanchadas,
Em um bom passado que temos a lograr.

Em um terraço, santa meia-noite,
Nossa saudade que no tempo pereceu,
Nosso abraço que não se encontra hoje,
E muitos planos e sonhos, nada ocorreu.

Mas ela chora com a chuva de novembro,
Ou a usa para no perigo se acalmar.
Eu tento me fincar em seu pensamento.
Nesta noite, te clamarei para não chorar.

Necessitamos de um grau de paciência,
Quem sente falta do futuro já morreu.
Guardarei-nos em um pedaço de inocência,
Sou moleque, és pequena, nenhum dos dois ainda viveu.

Ainda somos dois livros abertos,
E um romance iremos escrever.
Esconderei-te deste pseudo-inverno.
Vamos unir vidas e deixar viver.

Vivo com medo de um dia te ofender.
Poucas palavras e queremos solidão.
Escolherei por ti sofrer.
Entenderei o amor, a vida e teu coração.